quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Stranger than fiction

Você já teve a sensação de não estar vivendo, mas seguindo um roteiro? Eu já tive... Na verdade, essa é uma "nóia" que me acompanha há pelo menos uns...uns...15 anos eu acho... Mas ultimamente tem sido mais frequente a impressão de estar sendo, sei lá, dirigida. Consigo pensar rapidamente em pelo menos 3 ocasiões que poderiam ser narradas (com todos os detalhes descritivos) em um livro ou virar cena de filme - com posição da luz, das pessoas, intervenções de personagens secundários e até trilha sonora. Mas não só isso... algumas situações típicas de ficção me deixam mto intrigadas. Aqueles problemas que parecem que só serão resolvidos "no último capítulo", as pessoas que entram na história no meio e têm ligação com todos os personagens (o Warley é muito um personagem desse tipo), enfim...
Sempre achei que essa maneira de encarar as coisas fosse fruto da minha cabeça ficcionista (eu sempre gostei de criar as minhas historinhas na infância e há alguns anos venho tentando escrever ficção com alguma qualidade), mas hoje, no cinema, comecei a pensar que pode ser algo além............
No medio do tedioso feriado, eu e a Lívia tentamos ir ao HSBC Belas Artes para assistir Miss Sunshine. Como a sessão tava lotada, fomos parar no Frei Caneca, na sala de Mais estranho que a ficção. Eu não tinha idéia do tema do filme e, como a Livia queria MESMO ir ao cine, achei melhor não discutir e simplesmente aceitar qqr coisa. Me dei bem! O tal do filme é muito interessante, leve e te faz sair do cinema pensando - sem ficar deprimida.
Antes que alguém comece a reclamar, não tem nada a ver com destino, nem reality show, nem nada que eu já tenha visto em Holywood. Trata-se de um filme bem maluco, daqueles que podem ser interessantes ou muito idiotas, engraçados ou irritantes. Mas que é maluco é. O Will Ferrel (do Saturday Night Live) é um cara chato e "ordinary", na verdade, pior q isso. É praticamente um maniaco solitário e sem vida que trabalha como fiscal da receita federal, é muito bom em matemática e conta TUDO. Um belo dia, da maneira mais estranha possivel, ele percebe q sua vida está sendo narrada - enquanto, nos, espectadores, conhecemos uma escritora maniaca-depressiva que nao consegue terminar o livro. A historia que poderia ser uma bomba vai se desenrolando de um jeito tão absurdo que me parece original e, pq nao?, plausível.
Talvez eu tenha gostado tanto pq fui preparada pra não gostar e este meu post tire a graça do filme quando vcs forem ver. Talvez profissionais do ramo e mal-humorados de plantão (todos sabemos quem são os dois, ne?) achem uma grande bobagem. Mas eu gostei. E não só vou passar a prestar ainda mais atenção aos detalhes da vida, como vou escrever mais um capítulo do meu livro...

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Cheguei!

Oi gente,
isso na verdade é um teste. Preciso saber se tenho habilidades blogisticas e se consigo postar alguma coisa.
Na verdade, acho que esta é a segunda vez que escrevo alguma coisa para um blog, mas prometo ser assídua para não deixar nosso novo projeto morrer como o último.
Vou pensar em algo legal e volto mais tarde.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Aposto R$ 50 que ninguém aqui viu Zyzzix Road
Essa aposta eu não tenho como perder. Já houve casos de filmes que ninguém quis ver, que foi odiado por todo mundo, que deu calote no governo e não foi terminado, que deu prejuízos master e até faliu o estúdio, mas não sei se já vi um fracasso tão retumbante quanto esse filme. Pode se culpar o nome impronunciável, um mal marketing, má estratégia de lançamento, mas o fato é que Zyzzix Road coletou US$ 30. Não, não estão faltando zeros. Três pessoas tiveram coragem de ir vê-lo em Dallas, no único cinema que teve coragem de passar o filme.
O mais divertido é que, desse jeito, ele não vai ter tão cedo sinopse, nem crítica dos usuários do IMDB. De repente é bom. Mas duvido. Só sei que tem aquela loirinha gracinha do Grey´s Anatomy e o Leo Grillo (Conhece? Eu não). Ah, o filme foi produzido pela Grillo Productions. O cara deve ter perdido uma grana. Vai até o YouTube e você vai descobrir que até o Benjamim, aquela obra-prima incompreeendida, já teve mais de 10 espectadores.
Mais uma sobre as coisas que acontecem no mundo
Intrepetem como quiserem, mas essa história é incrível.
Pequim (Reuters) - Um ladrão chinês devolveu um celular e milhares de iuans que havia roubado de uma mulher depois que ela enviou ao aparelho 21 mensagens de texto comoventes, afirmou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
Pan Aiying, uma professora da província de Shandong, no leste da China, teve sua bolsa com celular, cartões de banco e 4.900 iuans (630 dólares), roubada por um motociclista quando ela pedalava em uma bicicleta para casa, afirmou a Xinhua.
Pan pensou em primeiro lugar em chamar a polícia, mas ela decidiu tentar convencer o jovem ladrão a devolver a bolsa. Ela ligou para o celular roubado com um telefone de um amigo, mas o aparelho não foi atendido. Então ela começou a mandar mensagens de texto.
"Eu sou Pan Aiying, professora da Wutou Middle School. Você deve estar passando por um momento difícil. Se esse é o caso, eu não vou te culpar", escreveu Pan em sua primeira mensagem, que não foi respondida. "Fique com os 4.900 iuans se você realmente precisa deles, mas, por favor, devolva minhas outras coisas. Você é jovem ainda. Errar é humano. Corrigir seus erros é mais importante que qualquer coisa", escreveu a professora.
Ela acabou perdendo esperança de ver seus pertences devolvidos depois de enviar a 21a mensagem sem receber resposta.
Mas no domingo ela acabou encontrando em seu quintal um pacote contendo a bolsa roubada com todos os seus pertences.
"Querida Pan: Eu sinto muito. Cometi um erro. Por favor me perdoe", dizia uma mensagem deixada junto com o pacote. "Você é tão compreensiva, mesmo apesar de eu ter roubado você. Eu vou corrigir meus atos e serei uma pessoa correta", afirmou a pessoa que deixou o pacote no quintal da professora.

A minha interpretação é que chinês, quando quer, é doido. Só acho que faltou o conselho definitivo para o ladrão: "A flor de lótus é branca, mas ele vive no pântano e se alimenta do pantâno, mas ela é branca. Pense nisso." (cortesia: Mestre Amaral, por meio da descrição de Dani Braun)

sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

A Lei de Murphy existe!!!!

Tem cada coisa bizarra que acontece no mundo que eu juro que parece mentira... Vejam essa história. Um camarada (americano, claro!!!) chapou o melão e, sabe-se lá porque, sentou numa cadeira de plástico no banheiro da casa dele e dormiu. Capotou.
Até aí, tá valendo. Mas o mané tava com um celular - se descobriu depois que era um Nokia - no bolso de sua calça de poliéster. Um botão, sabe-se lá como, ficou apertado e acabou por gerar um curto circuito que colocou fogo na calça do sujeito, que por sua vez colocou fogo na jaqueta de nylon da anta!!! Pra resumir: o cara tá com mais de 60% do corpo com queimaduras de 2º e 3º graus!!!
Puta que o pariu! Se isso não for a prova definitiva de que "se alguma coisa pode dar errado ela dará", não sei o que é!
Ah!, por sorte o cara tava embaixo de um sprinkler, o que salvou sua vida - talvez uma piada do destino pra sacanear o coitado, que vai ter de explicar pro resto dos tempos como é que conseguiu a proeza de colocar fogo nele mesmo com um celular...

P.S.: Tá achando que eu inventei a história? Leia aqui a notícia original. A fonte é boa, eu garanto! ;-)

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

De casa nova - TI sempre soluciona seus problemas

Aqui estamos, de casa nova. Por favor, olhem se vcs gostam do layout e da solução para não ter de migrar todo o conteúdo. Só coloquei os dez últimos posts....
Eu acho q tá legalzinho, depois vou pensar em outras coisas interessantes que podemos fazer.

that's it for now
beijinhos
Terça-feira, Janeiro 16, 2007
Alcaparras, aspargos, alcahofras e anchovas...
Eu sei que para muita gente, isso é simples, mas para mim é completamente impossível saber a diferença entre cada uma dessas comidas. Eu já vi todas na minha frente, mas é mais difícil que escalar o Everest saber qual é qual. Já ouvi falar que tem gente que confunde o Al Pacino com o Dustin Hoffman, e mesmo com o DeNiro, o que é um absurdo tremendo. O Al Pacino é um cara normal que parece sempre perigoso, o Dustin tem uma cara de apalermado, e já dá vontade de rir só de olhar pra ele. O DeNiro então nem se fale. É muito diferente. Tem uma pinta do lado do rosto e é um baita gangster. Essa confusão não dá pra entender, mas as comidas verdes que começam com A (e normalmente têm um L em algum lugar) são iguais. As que parecem ser plantas, na verdade são frutos do mar. As que parecem ser algas são na verdade flor. Flor, flor! Desde quando flor é comida? Feijoada é comida! E nem vou lembrar que existe o aliche também, que ajuda mais ainda a confundir. Mas, como sou esperto, sei que ele é peixe, porque já vi nas pizzas. E nem venham me dizer que sou uma anta que confunde as comidas só porque começam com a mesma letra porque sei muito bem o que é um alho e um arroz.
Publicado por EDUARDO VALIM em 4:53 PM

Quarta-feira, Janeiro 03, 2007
Uma coleção de algumas frases compiladas pelo maior crítico de cinema que o Brasil teve, José Lino Grünewald.
Compilação essa, que ele chamou de pedras de toque da poesia brasileira, citando de poetas consagrados a músicos populares: · Ali me anonimei de árvore (Manoel de Barros) · Amar é transgredir-se (Guimarães Rosa) · Bem diz que mulher tem asas na ponta do coração (Lupicínio Rodrigues) · Casar é uma circunstância Que se dá, que não se dá, . Porém amar é a constância (Mário de Andrade) · Comia o ínfimo com farinha (Manoel de Barros) · Da luz difusa do abajur lilás ( Mário Rossi) · De repente, não mais que de repente (Vinícius de Moraes) · E como ficou chato ser moderno Agora serei eterno (Carlos Drummond de Andrade) · Entrego aos ventos a esperança errante (Cláudio Manoel da Costa) · Itabira é apenas uma fotografia na parede Mas como dói. (Carlos Drummond de Andrade) · Lá vou eu conduzindo o enterro de mim mesmo (Cassiano Ricardo) · Lindo como um poente de folhinha (Nelson Rodrigues) · (A) mão que afaga é a mesma que apedreja (Augusto dos Anjos) · Muitas velas. Muitos remos. Âncora é outro falar. (Cecília Meireles) · Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. (Manuel Bandeira) · Nas horas tardias que a noite desmaia (Fagundes Varela) · Poesia é voar fora da asa (Manoel de Barros) · Quem passou pela vida em branca nuvem (Francisco Otaviano) · Quem sabe faz a hora, não espera acontecer (Geraldo Vandré) · (Um) sol de rachar catedrais (Nelson Rodrigues) · Só os perfumes teciam a renda da tristeza. (Vinícius de Moraes) · Tão leve estou que já nem sombra tenho (Mário Quintana) · Tu pisavas nos astros distraída (Orestes Barbosa) · Viver É ir entre o que vive (João Cabral de Melo Neto) · Vejo o sol quando ele sai Vejo a chuva quando cai Tudo agora é só tristeza Traz saudade de você (Antônio Carlos Jobim) - Smells like Atchim e Espirro (Carlos Eduardo Valim)
Publicado por EDUARDO VALIM em 2:07 AM Quarta-feira, Março 15, 2006 Pós Oscar, que tal uma listinha dos meus filmes favoritos desde 1990? Vários ganharam ou disputaram melhor filme. Até mais do que eu imaginava. 1990 Dança com Lobos (EUA / Kevin Costner, com Kevin Costner) Os Bons Companheiros (EUA / Martin Scorsese, com Robert De Niro) Ajuste Final (EUA / Joel Coen) A Bela Intrigante (Fra / Jaques Rivette) Um Brilhante Dia de Verão (Taiw / Edward Yang) Close-Up (Irã / Abbas Kiarostami) 1991 Thelma & Louise (EUA / Ridley Scott, com Susan Sarandon, Geena Davis, Brad Pitt) O Silêncio dos Inocentes (EUA / Jonathan Demme, com Anthony Hopkins, Jodie Foster) JFK - A Pergunta que não Quer Calar (EUA / Oliver Stone, com Kevin Costner, Jack Lemmon) Lanternas Vermelhas (Chi / Zhang Yimou, com Gong Li) Van Gogh (Fra / Maurice Pialat) 1992 Os Imperdoáveis (EUA / Clint Eastwood, com Clint Eastwood, Gene Hackman) Cães de Aluguel (EUA / Quentin Tarantino) Traídos pelo Desejo (GBr / Neil Jordan) 1993 A Lista de Schindler (EUA / Steven Spielberg, com Liam Neeson) O Piano (NZl / Jane Campion, com Holly Hunter, Harvey Keitel, Anna Paquin) Adeus, Minha Concubina (Chi / Chen Kaige, com Gong Li) A Liberdade é Azul (Fra / Krzystof Kieslowski) Feitiço do Tempo (EUA / Harold Ramis, com Bill Murray) 1994 Tempo de Violência - Pulp Fiction (EUA / Quentin Tarantino, com John Travolta, Bruce Willis, Harvey Keitel) Forrest Gump - O Contador de Histórias (EUA / Robert Zemeckis, com Tom Hanks) A Igualdade é Branca (Fra / Krzystof Kieslowski) A Fraternidade é Vermelha (Fra / Krzystof Kieslowski) Amores Expressos (HK / Wong Kar-Wai) Basquete Blues (EUA / Steve James) Um Sonho de Liberdade (EUA / Frank Darabont, com Tim Robbins) Através das Oliveiras (Irã / Abbas Kiarostami) 1995 Dead Man (EUA / Jim Jarmusch, com Johnny Depp) Seven - Os Sete Crimes Capitais (EUA / David Fincher, com Brad Pitt) Os Suspeitos (EUA / Bryan Singer) 1996 Fargo - Uma Comédia de Erros (EUA / Joel Coen, com Frances McDormand) Trainspotting - Sem Limites (GBr / Danny Boyle) Ondas do Destino (Din e GBr / Lars von Trier, com Emily Watson) Pânico (EUA / Wes Craven) 1997 Titanic (EUA / James Cameron, com Leonardo DiCaprio. Kate Winslet) Los Angeles - Cidade Proibida (EUA / Curtis Hanson, com Kim Basinger) Felizes Juntos (HK / Wong Kar-Wai) Boogie Nights - Prazer sem Limites (EUA / Paul Thomas Anderson) 1998 Além da Linha Vermelha (EUA / Terrence Malick) O Resgate do Soldado Ryan (EUA / Steven Spielberg, com Tom Hanks) 1999 Beleza Americana (EUA / Sam Mendes, com Kevin Spacey, Annette Bening) De Olhos Bem Fechados (EUA / Stanley Kubrick, com Tom Cruise e Nicole Kidman) Matrix (EUA / Larry e Andy Wachowski) Tudo Sobre Minha Mãe (Esp / Pedro Almodóvar) Magnólia (EUA / Paul Thomas Anderson, com Tom Cruise) 2000 Amores Brutos (Mex / Alejandro González Iñárritu) As Coisas Simples da Vida (Taiw / Edward Yang) O Tigre e o Dragão (Taiw / Ang Lee) Amor à Flor da Pele (HK / Wong Kar-Wai) Dançando no Escuro (Din / Lars von Trier) 2001 À Caminho de Kandahar (Irã / Mohsen Makhmalbaf) O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel (NZl / Peter Jackson) A Viagem de Chihiro (Jap / Hayao Myiazaki) Moulin Rouge! (EUA / Baz Luhrmann, com Nicole Kidman) Mulholland Dr. - Cidade dos Sonhos (EUA / David Lynch) 2002 Chicago (EUA / Rob Marshall, com Renee Zelwegger, Catherina Zeta-Jones) Cidade de Deus (Bra / Fernando Meirelles) Fale com Ela (Esp / Pedro Almodóvar) 10 - Dez (Irã / Abbas Kiarostami) O Senhor dos Anéis: As Duas Torres (NZl / Peter Jackson) 2003 O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (NZl / Peter Jackson) Procurando Nemo (EUA / Pixar) Kill Bill: Volume 1 (EUA / Quentin Tarantino, com Uma Thurman) Sobre Meninos e Lobos (EUA / Clint Eastwood, com Sean Penn) Encontros e Desencontros (EUA / Sofia Coppola. com Bill Murray) 2004 Old Boy (Cor / Park Chan-wook) Kill Bill: Volume 2 (EUA / Quentin Tarantino, com Uma Thurman) Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembrança (EUA / Michel Gondry, com Jim Carrey) 2005 O Segredo de Brokeback Mountain (EUA / Ang Lee, com Heath Ledger) Marcas da Violência (EUA / David Cronenberg)

Segunda-feira, Dezembro 12, 2005

Mulheres passam cinco anos ao telefone, diz estudo da Ansa, em Berlim

As mulheres, ao longo de sua vida, passam em média quatro anos e nove meses falando ao telefone, segundo um estudo publicado pela revista alemã "Bild". O estudo, realizado por cientistas britânicos, indica que os homens passam 18 meses a menos do que as mulheres ao telefone. Uma mulher, durante a sua vida, faz 288 mil telefonemas com uma duração média de 10 minutos. Homens e mulheres alegam pretextos semelhantes para encerrar a comunicação e habitualmente se referem à campainha que tocou ou à urgência de necessidades fisiológicas. Comentário: Se essa é a média feminina, conheço gente que vai passar mais de 10 anos no telefone até o fim da vida e que puxa o resultado pra cima.
Publicado por EDUARDO VALIM em 8:02 PM

Quinta-feira, Outubro 27, 2005

My Aim is True

Acabei de chegar em casa. Há exatas cinco horas estava saindo do trabalho. Não tinha conseguido ingresso para o show do Television ontem, mas fiquei com o contato de um cambista que teria. Se corresse para lá ainda poderia conseguir. A outra opção seria ver o Elvis Costello, que iria tocar mais perto do trabalho e sabia que teria ingresso. Eu queria muito ver o Television, mais do que todos os outros shows do Tim Festival. Quanto ao Costello, conhecia algumas músicas (menos de 10), fora um CD que gravei inteiro, dele com o Burt Bacharach. Mas sabia que o auge dele foi no fim da década de 70 e de repente ele podia resolver tocar só músicas dos últimos discos. Gosto dele, mas nunca foi nenhum ídolo meu. Já dirigindo e decidindo para onde ir, recebi ligação avisando que uma outra amiga tinha ingressos sobrando num camarote para o Costello. Não precisei pensar duas vezes. Cheguei, aproveitando os comes e bebes de graça e a excelente vista, mas despreparado para um show de quase 2h30, com apenas uma pequena pausa antes do bis, e com o Costello só falando uma vez, (isso, UMA) entre as músicas. Na maior parte do tempo só emendou porrada atrás de porrada. Ele entrou no palco com a guitarra, fez uma gracinha e saiu metendo a mão na guitarra. Logo de cara ele tocou 8 músicas na sequência, oito rockões curtos, vários da época punk (incluindo "Radio, Radio"). Ao vivo, elas ficam mais energéticas. Levantou boa parte do pessoal sentado, que esperava mais as baladas dos últimos anos, em que ele brinca de crooner de jazz e pop sofisticado. Ah, e o tecladista também tocava theremin! Foda! Aí já estava achando o melhor show que estava vendo nos últimos tempos. Só após mais de uma hora de show, ele pegou o violão (pela única vez) e tocou a primeira balada da noite, composta com o Paul McCartney. A partir daí, as músicas começaram a ficar mais longas. E depois de um grande solo (nem sabia que ele tocava guitarra bem!) com bastante suspense e muitas paradinhas, ele emendou de cara, numa virada com toda a banda, "Watching the Detectives" - uma de suas melhores músicas e a brilhante letra do cara que tenta brigar com a namorada, mas ela não dá a mínima porque está assistindo a um seriado barato de TV sobre detetives. Aí já achava que era o melhor que vi desde o Kraftwerk, no último Tim. Então ele tocou "Alison". Essa é a minha favorita, linda! A versão foi de arrebentar o coração. A letra triste levando ao refrão "Alison, I know this world is killing you, Alison, my aim is true". Ele cantava com algumas pequenas pausas entre as sílabas que fazia a música ficar mais dramática. E depois de terminada a letra original, colocou trechos de músicas do gênio do soul, ao melhor estilo heartbreaker, Smokey Robinson. E finalizou com a letra de "Suspicious Minds" (do outro Elvis, o Presley) na melodia de "Alison". Aí tinha certeza que era o melhor show de todos os Tim e Free Jazz, o melhor de rock que já vi. Ele fechou com algumas animadas dos primeiros discos para todo mundo dançar. Poderia ter acabado aí. Uma amiga que encontrei no meio show e não via há vários anos começou a brincar de gritar "Elvis, cadê vc? eu vim aqui só pra te ver", e eu comentei: "o melhor é que podemos gritar pro Elvis voltar e nem estamos mentindo, pq Elvis não morreu mesmo" (mas que piada idiota, pelo amor de deuz! Quem pode me culpar, se foi a melhor coisa q pude pensar no momento?). A banda saiu e voltou rapidinho. Costello foi chegando em direção ao microfone e, no exato momento em que ficou na frente dele, começou a cantar "She", sem nenhuma frescurite de apresentação prévia. É a mais conhecida dele e que toda a casa estava esperando. Então, uma ligação perdida na noite. Ele cantou a letra do começo ao fim, como no disco do Notting Hill, sem firular. Se qualquer outro músico terminaria seu maior sucesso com um silêncio, para receber os aplausos calorosos do público, ele não deu nem tempo para a platéia, que já estava se preparando para fazer a ovação. Emendou "(What's so Funny 'Bout) Peace, Love and Understanding", da trilha do Encontros e Desencontros e do Shrek. Mais uma para todo mundo cantar junto. Poderia ser o fim perfeito. Mas ele tinha mais. Sem dar tempo de novo, tocou a elegante "Man Out of Time". Nessas horas eu estava lá na frente, com os fãs que sabiam a letra e a menos de 5 metros do centro do palco. Então, o punk rasgado de "Lipstick Vogue". O fim da música foi agitado e ele quebrou direto, a cappella, para uma super lenta que acho que já ouvi alguma vez. Era toda cantada com versos que começavam e terminavam com "I want you". E sem interromper as frases cantou durante uns 10 minutos as mesmas palavras, cada vez de uma forma diferente. (Lembrei de um exercício sobre persuasão da Cientologia, em que a pessoa precisa falar 300 vezes uma frase com pouco sentido, mas sempre com uma entonação diferente. Se errar, volta para o começo.) A música ia rodando, super tensa e bonita, como se ele estivesse chorando ali mesmo, na frente de desconhecidos, uma dor de amor. Fiquei alguns minutos estático com um braço levantado em L e de boca aberta. Todas as melhores qualidades do show estavam nesta última música: o controle total do palco, a energia, o talento musical, de interpretação e principalmente a eletricidade que corria no teatro. De repente, toda a banda parou, só ele cantava as frases com "I Want You" e apenas roçando a palheta nas cordas da guitarra. Nos intervalos da sua voz, não havia um barulho em todo o Tom Brasil. Todo mundo em silêncio completo, com medo de fazer qualquer ruído. Era de se esperar uma volta barulhenta para a canção, mas ele foi voltando a tocar na boa e a banda foi voltando lentamente, tocando baixinho, até que ele encerrou com um acorde estranho, largou a guitarra e saiu do palco. Toda a banda saiu junto, só o tecladista ficou para tocar uma última vez as notas da melodia, já de um jeito torto, com os tempos errados, como se a canção tivesse acabado de quebrar no ar. O único som que restou foi uma microfonia da guitarra de Costello, cansada no chão. Ela permaneceu fazendo um barulhinho gostoso até, enquanto todos aplaudiam, até que um assistente de palco foi lá desligá-la no pedal (só conseguindo na segunda tentativa - ela resistia). Fiquei embasbacado de verdade. Não sei se isso acontece com todos, mas, muito raramente, quando entro em contato com algo que me diz muito, me sinto como se tivesse tomado uma surra, ou um caminhão tivesse me atropelado. Não sei o motivo disso. Talvez foi por saber que, ao contrário de um filme ou uma música gravada, um show deixa de existir no momento em que acaba. Tudo aquilo que aconteceu, a sequência de movimentos e notas, se perdem para sempre. Todo mundo que viu, vai lembrar de algumas coisas, de trechos do som, mas já era, na verdade. Não se reproduz a experiência inteira. E a memória só engana. Na crítica do Tim que li no Estadão ontem, o crítico descrevia todos os shows que viu no Rio, comentando o que foi bom, num texto longo. Nem citava o Costello. Então nas últimas três linhas dizia algo assim: quanto ao show do Costello eu ainda não tenho palavras. Pelo menos não, por enquanto. Achei uma coisa sem sentido, idiota. Depois eu percebi sobre o que ele falava. Como se comenta uma experiência dos sentidos, como se descreve, com que palavras? É inútil. O melhor seria nem ter escrito nada. É para apagar tudo, tirar da cabeça o que escrevi acima. Existem coisas e sentimentos sobre os quais não devemos nem falar, porque eles estão acima de nós. Foi o melhor show que vi.
Publicado por EDUARDO VALIM em 3:16 AM

Segunda-feira, Maio 09, 2005

A última tirinha da turma do Charlie Brown.

Porque tem uma hora em que até o Charlie Brown precisa sair de cena. Isso acontece porque ele também tem de crescer. E isso acontece exatamente no momento em que ele percebe que já não tem mais o coração livre de arranhões e perdeu o seu jeito para encantar.
Publicado por EDUARDO VALIM em 8:45 PM

10 Momentos Sublimes do Amor no Cinema (em nenhuma ordem específica)

1) Beijos Proibidos (Baisers Volés, França, 2000), de François Truffaut. Depois de ser seguida durante metade do filme por um misterioso homem, Christine (Claude Jade), acompanhada de Antoine Doinel (Jean Pierre Leaud), é finalmente abordada pelo estranho num parque, que para ela fala: "nunca havia provado o gosto do amor, até lhe ver. A vida é repleta de experiências provisórias e pessoas provisórias. Eu sei que, para você, serei definitivo. Não estou pedindo que você diga 'sim' pra mim neste momento, isso não! Lhe darei um tempo para pensar. Apenas saiba que a amo muito e que estarei aqui para você, sempre". O homem vai embora, Christine olha para Antoine e diz espantada: "esse homem é completamente louco!" Cruel.

2) Casablanca (EUA, 1942), de Michael Curtiz. Não dá para fugir do óbvio. A história do amor de Rick (Humphrey Bogart) e Ilsa (Ingrid Bergman), interrompido pela Guerra, é tão bem calibrada que cada uma das cenas em que ambos aparecem provoca faíscas pela tristeza de saberem que nunca mais ficarão juntos. Mas, eles sempre terão Paris...

3) Betty Blue (Betty Blue 37,2 Le Matin, França, 1986), de Jean Jacques Beineix. Logo na abertura, Betty Blue (Beatrice Dalle) e Zorg (Jean Hughes Anglade) fazem amor de manhã sob o olhar cúmplice da Mona Lisa, numa cabana de praia. Bom dia.

4) Desencanto (Brief Encounter, Inglaterra, 1945), de David Lean. Numa estação de trem londrina, um homem casado (Trevor Howard) e uma mãe de família (Celia Johnson) vêem-se pela última vez depois de terem se apaixonado ao longo das semanas que se passaram. Alec e Laura sabem que a despedida será marcada pela chegada pontual do próximo trem, o dele. Lean, no entanto, auxiliado por um roteiro de Noel Coward, aumenta a angústia dos dois com a chegada de uma inoportuna conhecida de ambos, que estraga este último e melancólico momento, no mais puro estilo britânico de emoções cuidadosamente controladas. De partir o coração.

5) Ondas do Destino (Breaking the Waves, Dinamarca/Inglaterra/França, 1996), de Lars Von Trier. Durante a sua recepção de casamento, a virginal Bess (Emily Watson) pede a Jan (Stellan Skarsgard), seu marido, que faça amor com ela imediatamente, num dos quartos do primeiro andar. Agora é a hora.

6) Os Amantes do Círculo Polar (Los Amantes del Circulo Polar, Espanha, Espanha, 1998), de Julio Medem. Anna e Otto se amam desde que eram crianças e suas vidas são guiadas por fases circulares que os afastam e os reaproximam. Numa dessas fases de distanciamento, Anna e Otto, amantes eternos, encontram-se de costas um para o outro, num café, ao ar livre, e não se vêem. O acaso às vezes conspira a favor das paixões, mas também, vez por outra, contra. A vida, em poesia.

7) Des Morceaux De Ma Femme (Os Pedaços da Minha Mulher, França, 2000), de Fréderic Pelle. Este belo curta ganhou a Palma de Ouro este ano, em Cannes, com um doloroso poema sobre a perda de alguém amado. Um velho (Gilberto Azevedo), ainda profundamente apaixonado pela esposa que acaba de falecer, decide evitar seu próprio sofrimento ao livrar-se de tudo que possa lembrá-la: até mesmo da roupa que cobre o seu corpo. Para chorar.

8) A Mulher do Lado (La Femme a la Coté, França, 1981), de François Truffaut. A história de antigos apaixonados que se reaproximam anos depois poderia ser suficiente para este belo filme. Truffaut, no entanto, vai além e ainda nos oferece uma linda história de amor secundária envolvendo uma certa Sra. Jouvet (Veronique Silver), a narradora do filme. A Sra. Jouvet jogou-se de uma janela alta, anos atrás, por causa de um amor perdido. Carrega até o resto de sua vida as seqüelas do seu ato desesperado. Ao saber que este velho amor virá visitá-la, ausenta-se numa estratégica viagem a Paris. Chega de tisteza.

9) Procura-se Amy (Chasing Amy, EUA, 1997), de Kevin Smith. Holden (Ben Affleck) apaixona-se por Alyssa (Joey Lauren Adams), mesmo sabendo que ela gosta de meninas. Numa noite de chuva, angustiado e sofrendo com o amor que a amizade entre os dois reprime, ele declara-se em grande estilo, num texto que sofredores mundo a fora poderiam memorizar para eventuais situações do tipo: "eu não consigo mais ficar perto de você sem querer lhe abraçar e lhe segurar em meus braços. Toda vez que olho em seus olhos só penso naquela ansiedade típica dos apaixonados em livros vagabundos. Não há uma outra alma no planeta que me faça sentir a pessoa completa que eu sou quando estou com você...". Os dois beijam-se na chuva. No amor, é importante saber falar.

10) Amigas de Colégio (Fucking Amal, Suécia, 1998), de Lukas Moodysson. Dividido em duas partes, o filme nos mostra a alegria e a dor de ser secretamente apaixonado/apaixonada por alguém e a alegria e as dores de realizar esta paixão. Para a primeira parte, Agnes (Rebecka Liljeberg) escreve no seu diário secreto com uma doce alegria a frase "eu amo Erin!!!" (sua paixão). Para a segunda parte, Rebecka e Erin (Alexandra Dählstrom) assumem felizes a paixão alegremente gay que uma tem pela outra, saindo felizes, de mãos dadas, pelo mundo. É a mais leve e feliz demonstração de amor desta curta lista.

Reproduzido assim como achei.
Publicado por EDUARDO VALIM em 1:38 PM

Quarta-feira, Maio 04, 2005

Sexy sadie

Eu cada vez mais tenho topado com listas de músicas mais sexys do mundo na internet. Então como topei com duas dessas músicas em dois dias consecutivos, resolvi dar dicas de canções sexy menos conhecidas e fora daquelas usual suspects, como a Slave to Love, lânguida como só ela pode ser (heheh). - Dancing Barefoot Eu conhecia o início do refrão que gruda na cabeça: "Here I go and I don't know why", mas não sabia de onde era, quando topei com essa música. Ela foi composta pela Patti Smith, mas tem um monte de gravações, incluindo uma boa do U2. Acho que para melhor efeito as mulheres devem ouvir o Bono cantando, e os homens, a Patti. E a música termina com a repetição da frase "Oh God I feel for you / Oh God I feel for you". Não dá para entender perfeitamente a letra de cara. Vc pensa: quem é she, quem é he, quem é I, quem é thee? Mas só a imagem de uma mulher dançando descalça e rodopiando garante a entrada na lista. - 22: The Death of All Romance / The Dears Essa é pérola. Eu estava viajando quando sempre que eu entrava numa Virgin eu ouvia essa música. Daí eu parava tudo que estava fazendo para ficar ouvindo ela inteira e até esperava mais um tempo porque depois ela tocava de novo. Decorei algumas palavras-chave da letra para depois procurar a banda e a música, mas não consegui descobrir - até hoje, quando ouvi ela por acaso. É um dueto como todos deveriam ser. A voz feminina começa bem doce (I have never cried in anybody's arms / The way that I have often cried in yours / Please be the one to take my tears away) e daí entra um cara cantando grave (I was 22, I've had my share of views / I just can't steal that "happiness" from you / Still I'll be the one to take your tears away). Enquanto a música vai avançando os vocais começam a ficar um em cima do outro, como se fosse uma conversa de casal, e vai crescendo a tensão, chegando ao ponto em que o cara começa a cantar cada vez mais gritado e a voz dele chega a ficar mais aguda que a da mina (When, when will we learn / I shall avenge the death of all the romance / Until, until I'm gone). Ela canta "I can't believe the things you say" e ele responde as mesmas palavras, mais gritado, então os dois cantam juntos "Tell me, tell me, tell me", um segundo de suspense e, mais sussurrado, "the lies". Se alguém chegar no quinto minuto sem ter tido nenhum arrepio na nuca, ou não tem coração, ou perdeu o mojo. Achei difícil de baixar a música, mas dá para ouvir nesse site http://www.newmusiccanada.com/genres/artist.cfm?Band_Id=5282 - Spartacus Love Theme Como o nome já diz, é a música do filme, instrumental com uma melodia linda. As versões especiais são as de músicos de jazz. Tem uma com a melodia tocada no oboé pelo Yusef Lateem e outra pelo pianista Bill Evans. As duas são muito bonitas.

Publicado por EDUARDO VALIM em 10:38 PM

Quinta-feira, Abril 28, 2005

Mocréia das profundezas

Isso não podia passar. Tinha uma época em que boneca para criança era a Lu Patinadora. Nada mais inofensiva que uma virginal praticante de patinação. Mas vocês viram a foto acima? Olha o que já existe: boneca com cara de vagaba, bolsa de veludo e maquiagem roxa. Ao melhor estilo "mamãe, olha o que eu quero ser quando crescer", ela vai fazer sucesso com as garotinhas mais liberais do colégio - aquelas responsáveis por tirar os trouxas dos moleques de trás das mais bonitinhas para se dedicar às que dão resultado. No lugar em que encontrei esta foto, havia comentários sobre se ela tava mais para boneca-"profissão mais antiga do mundo", teenage whore ou traveco mesmo (sei lá o que tem debaixo dessa saia).

Publicado por EDUARDO VALIM em 9:08 PM

Mimeografando!

Estava contando as novidades do Brasil para um amigo que mora fora há um belo tempo quando ele chgou à conclusão definitva sobre a nossa situação atual: "por isso que o país tá merda ... sem mulher semi-nua e sem Chaves à tarde. Só falta pararem de vender bombeirinho nos bares na hora do almoco ... aí o pais quebra de vez". Preferi não dizer que faz muito tempo que não vejo um bombeirinho por aí para não deixar ele mais desiludido. E preferi não dizer que a melhor coisa que aparece de tarde são os episódios da Armação Ilimitada, principalmente quando a Zeldinha faz umas mágicas para salvar toda a tchurma de Juba, Lula e Bacana. Ele ia achar que a gente estava regredindo. Por isso, que entra ano e sai ano e o que mais gosto na TV são os Simpsons. Outro dia desses a Lisa fez um jornalzinho que criticava o Sr. Burns, que tinha comprado toda a imprensa da cidade. Para acabar com ela, ainda cortou a energia da casa dela e então a pobrezinha não tinha como fazer cópias. Foi então que apareceu no episódio o verdadeiro motivo deste post: o mimeográfo. Numa salinha escondida da escola, o diretor Skinner mostrou como se fazia cópias no passado e ainda deu uma cheiradinha no papel para atiçar a memória. Ai, que saudades das provas mimeografadas que a gente recebia no colégia, passava no nariz e depois de uns bons minutinhos resolvia que era hora de largar as drogas e começar a responder as questões. Essa deve ser a verdadeira causa de todos os problemas da nossa geração. Nós já até tivemos uma campanha do tipo "Salvem os mimeógrafos" neste site, até com explicações sobre como eles funcionavam, pesquisadas pela nossa CIO. Isso é importante nunca esquecer. Sempre q tiver a oportunidade de escolher entre fazer uma cópia de xerox ou de mimeógrafo, não titubeie, amigo! Cheiro de álcool na cabeça! Outra boa dos Simpsons No fim de um outro episódio que passou um dia desses, a Lisa comenta, meio choramingando, depois de tomar um fora de um namoradinho de verão: "Foi o meu primeiro amor e só me fez que eu fizesse coisas horríveis e no fim eu estou me sentindo mal". Daí eu pensei que é por isso que eu gosto da série: ela resumiu toda a historinha em uma frase que veio engraçada, verdadeira, um pouco triste e bonitinha, tudo ao mesmo tempo. E me levou ao seguinte poeminha do Paulo Leminski: sorte no jogo azar no amor de que me serve sorte no amor se o amor é um jogo e o jogo não é o meu forte, meu amor?

Publicado por EDUARDO VALIM em 8:16 PM