quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Little Children

Esqueçam o título em português ‘Pecados Íntimos’. Ele não dá conta de nomear o filme. ‘Little Children’ é perfeito, pena que ‘Criancinhas’ ou ‘Pequenas Crianças’ não seja tão sonoro. Vou falar sobre o filme apenas, se isso levar a uma análise sociológica generalizada, fica por sua conta e risco.
O filme fala basicamente sobre uma comunidade suburbana que fica em polvorosa com a presença de um pedófilo. Ele, que acabou de cumprir pena na prisão por ter o hábito de mostrar suas vergonhas às criancinhas, volta a morar com a mãe na vizinhança. No mesmo cenário, um homem e uma mulher casados (não um com o outro) se envolvem numa tentativa de encher o vazio que se tornaram suas vidas.
Isso e mais um pouco é o mote para falar de uma coisa só: os homens NO FILME não passam de criaturas fracas, dependentes, imaturas e desesperadas por aprovação. Tem o marido que fica se masturbando enquanto cheira a calcinha de uma mulher virtual, enquanto sua esposa se satisfaz com o vizinho real às pampas; o cara que é sustentado pela mulher (nada contra) e não passa de um adolescente em busca de aprovação dos ‘brothers’; o menino que estranhamente não tira o chapéu de bobo da corte quando está perto do pai e o faz assim que a mãe põe os pés em casa; e o filhinho que a mãe não deixou crescer e por isso não consegue sentir atração por pessoas de sua idade.
Ufa, já tô me sentindo mais leve. Não pude fazer todos esses comentários com minha companhia de cinema. Ele podia pensar que eu sou uma feminista queimadora de sutiãs e desencanar de pagar o jantar...

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